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Antes de tudo é preciso dizer que um bom filme de guerra precisa gastar alguns poucos milhões de dólares para poder se dar bem nas grandes telas dos cinemas e no gosto dos telespectadores. Mas Guerra ao Terror surpreende por ter feito o inverso. Foram gastos em sua produção a cifra de US$11 milhões, um valor muito baixo, se comparado às megraproduções, como exemplo, o seu concorrente na corrida pelo Oscar 2010, o Avatar, de James Cameron.

Kathryn Bigelow, que também dirigiu Mission Zero, 2007; e Karen Sisco, 2004, foi longe desta vez com Guerra ao Terror. Na verdade ela chegou onde poucos imaginaram que seu filme chegaria. Com tantos filmes focados e mais criticados para receber a estatueta mais importante da sétima arte, o longa de 128 minutos de Bigelow foi nada menos que, indicado a nove oscars, incluindo melhor filme e melhor diretor, além receber três indicações ao Globo de Ouro.

Guerra ao Terror trata do vício da guerra. O filme relata a vida de um grupo de soldados norte-americanos que estão em batalha, na Guerra do Iraque, e estão a apenas 38 dias do retorno para casa. Em Bagdá, o grupo tem a difícil missão de enfrentar insurgentes que armam bombas pela capital iraquiana. É nesse espaço que se faz o filme. O suspense predomina na maior parte de Guerra ao Terror. Na verdade, não trata-se de um filme de sangue, muitos tiroteios, guerra no fronte, mas sim, de um drama, que circunda a vida desses homens que são também, jovens, que sonham em ter família; e outros que já são pais de famílias.

O drama central do longa não está na vida de jovens que querem voltar para casa. Esse espaço é reservado no filme, sim; mas a centralidade do drama está no vício. Jeremy Renner [Willian James] o especialista em desarmar bombas, consegue se sair bem no seu serviço, ele é um dos poucos e bons desarmadores, que já não tem amor por outro ofício, a não ser a guerra. Nem mesmo o amor à sua família existe mais. Ele é um fissionado, que dá o máximo de si. Ao encerrar sua atuação em Bagdá, ele volta para casa e reencontra sua família, depois dos 38 dias na guerra, mas tudo que acontece depois do retorno do Iraque não lhe parece fazer sentido, é aí que vai acontecer um fato que só dá para acreditar assistindo.

Vale a pena as 2h e 8 minutos na frente da TV ou no cinema assistindo Guerra ao Terror. Acredito que o filme tem todo o potencial de vencer Avatar e levar a estatueta do Oscar. Assisti também ao filme de Cameron, é algo fascinante, outro mundo construído por um gênio da sétima arte. Mas, vejo Avatar como um filme muito plastificado, uma produção muito fora da realidade, a qual a academia não está costumada a entregar o grande prêmio do Oscar. Vamos aguardar. Mas eu aposto em Guerra ao Terror. Pela fidelidade das linha de combate no Iraque. Pela desenvoltura da diretora e pela surpreendente interpretação de seu elenco. A história, então, em torno do vício da guerra, é o ápice do longa. O seu diferencial. Mais uma vez, como o filme indiano “Quem quer ser um milionário”, vencedor do Oscar 2009, uma diretora mostra que para fazer bons filmes, o dinheiro não é o mais importante.

Assista ao Trailer de Guerra ao Terror


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Quem sou eu

Fúlvio Costa, jornalista profissional, apreciador do cinema e amante dos bons filmes.
Sugestões, critícas, opiniões, envie para o e-mail:
fulviojornalismo@yahoo.com.br

Brasil/Brasília-DF