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Quando assisti ao Filme Mandela – Luta pela liberdade, do renomeado direitor Billie August, disse aqui na resenha que escrevi, que se tratava do longa-metragem de maior valor sentimental e humano que eu já havia assistido. Quatro meses depois, aqui estou eu a escrever nova resenha sobre mais um filme que trata da singular história de Nelson Mandela.

Invictus, 32º filme do diretor Clint Eastwood, longa que foi indicado ao Globo de Ouro - Melhor Direção 2010, que conta com os atores Morgan Freeman (Nelson Mandela) e Matt Damon (François Pienaar), ambos indicatos também ao globo de ouro, como melhores ator e coadjuvante, respectivamente, é um filme que parece dar continuidade a Mandela – Luta pela liberdade. Este narra a história do líder sul-africano da década de 1960 até 1990. Já Invictus começa quando Mandela deixa a prisão e assume a presidência da República Sul-Africana em 1994 e anos subsequentes.

Comovente como o filme de August, Invictus traz como diferencial o esporte Rugby, pano de fundo de todo o longa, usado sabiamente por Mandela para acabar com o fosso da segregação racial entre negros e brancos existente até ali. A um ano para a copa do mundo de rugby, que aconteceu em 1995, na África do Sul, Mandela assim que assume a presidência começa a se interessar pelo esporte: regras, defesa, ataque, e o mais importante: conhecer a seleção sul-africana de rugby, os chamados Springboks.

A grande dificuldade de Mandela de início, era tornar o esporte uma paixão nacional. Isso porque o rugby era praticado apenas pela elite branca sul-africana. Diante de uma minoria branca que disse “ele pode ganhar uma eleição, mas ele poderá governar um país”, Madiba, como é chamado pelos negros, acata linguagem universal do esporte para unir uma nação. Seu primeiro trabalho é transformar o rugby, um esporte também dos negros sul africanos. Ele consegue firmando uma parceria com o capitão dos Springboks, François Piennar, levando o esporte para as periferias do país. A ideia de Mandela: formar torcedores negros para a seleção sul africana, tornar o rugby uma paixão nacional e, por último, acabar definitivamente com o aparthaid.

Invictus é um filme recheado de lições de vida: respeito ao próximo, sem olhar as diferenças de cor, raça, sexo, estatus social; perdoar sempre, pois, como disse Madiba, no longa, “o perdão afasta o medo, por isso é uma arma poderosa” e o “perdão liberta a alma”; mais do que isso, Invictus mostra o potencial de Mandela em transformar os Springboks, time símbolo do aparthaid, em um símbolo da África do Sul, para negros e brancos.

Por tudo isso Invictus vale a pena ser assistido por qualquer sexo, idade, raça , cor e estatus social.

Parabéns ao filme de Clint Eastwood. Invictus é um filme emocionante. Não poderia haver escolha melhor do que Morgan Freeman para interpretar Mandela. Matt Damon também fez uma boa atuação como o jogador Piennar, apesar de eu achar que faltou mais empolgação de um verdadeiro líder para interpretá-lo. As imagens dos jogos no estádio, da periferia da África do Sul ficaram muito reais. Da mesma forma a trilha sonora é muito comovente.


Michael Oher (Quinton Aaron) era um jovem negro, filho de uma mãe viciada e não tinha onde morar. Com vocação para os esportes, um dia ele foi avistado pela família de Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock), andando em direção ao estádio da escola para poder dormir longe da chuva. Ao ser convidado para passar uma noite na casa dos milionários, Michael não tinha ideia que aquele dia iria mudar para sempre a sua vida, tornando-se mais tarde um astro do futebol americano.

FICHA TÉCNICA

Título original:The Blind Side
Gênero:Drama
Duração: 2h08
Ano de lançamento:2009
Site oficial: http://www.umsonhopossivel.com.br
Estúdio:Alcon Entertainment / Zucker/Netter Productions
Distribuidora:Warner Bros. Pictures
Direção: John Lee Hancock
Roteiro:John Lee Hancock, baseado em livro de Michael Lewis
Produção:Broderick Johnson, Andrew A. Kosove e Gil Netter
Música:Carter Burwell
Fotografia:Alar Kivilo
Direção de arte:Thomas Minton
Figurino:Daniel Orlandi
Edição:Mark Livolsi
Efeitos especiais:Custom Films Effects / Digiscope / Furious FX


O ano é 1954. Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) investiga o desaparecimento de um paciente no Shutter Island Ashecliffe Hospital, em Boston. No local, ele descobre que os médicos realizam experiências radicais com os pacientes, envolvendo métodos ilegais e anti-éticos. Teddy tenta buscar mais informações, mas enfrenta a resistência dos médicos em lhe fornecer os arquivos que possam permitir que o caso seja aberto. Quando um furacão deixa a ilha sem comunicação, diversos prisioneiros conseguem escapar e tornam a situação ainda mais perigosa.

FICHA TÉCNICA

Título original:Shutter Island
Gênero:Suspense
Duração:02 hs 28 min
Ano de lançamento:2010
Site oficial: http://www.shutterisland.com/
Estúdio:Paramount Pictures / Sikelia Productions / Phoenix Pictures / Hollywood Gang Productions / Appian Way
Distribuidora:Paramount Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro:Laeta Kalogridis, baseado em livro de Dennis Lehane
Produção:Brad Fischer, Mike Medavoy, Arnold Messer e Martin Scorsese
Fotografia:Robert Richardson
Direção de arte:Max Biscoe, Robert Guerra e Christian Ann Wilson
Figurino:Sandy Powell
Edição:Thelma Schoonmaker


Em um futuro não muito distante, 30 anos após o término da última guerra. Eli (Denzel Washington) é um homem solitário, que percorre a América do Norte devastada. Ele apenas deseja paz, mas ao ser desafiado não foge à luta. Seu principal objetivo é proteger a esperança da humanidade, a qual guarda consigo há 30 anos, sendo que para tanto faz o que for preciso para sobreviver. O único que compreende seu intento é Carnegie (Gary Oldman), o autoproclamado déspota de uma cidade repleta de ladrões. Ao mesmo tempo Solara (Mila Kunis), a filha da companheira de Carnegie (Jennifer Beals), fica fascinada com Eli pela possibilidade de que ele lhe mostre o que há além dos domínios que conhece. Só que Carnegie está disposto a impedir sua cruzada, para recuperar Solara e também conseguir o valioso objeto que Eli protege.

FICHA TÉCNICA

Título original:The Book of Eli
Gênero:Ficção Científica
Duração:01 hs 58 min
Ano de lançamento:2010
Site oficial: http://www.olivrodeeli.com.br
Estúdio:Alcon Entertainment / Silver Pictures
Distribuidora:Warner Bros. Pictures
Direção: Albert Hughes , Allen Hughes
Roteiro:Gary Whitta
Produção:Broderick Johnson, Andrew A. Kosove, Joel Silver, David Valdes e Denzel Washington
Música:Atticus Ross, Leopold Ross e Claudia Sarne
Fotografia:Don Burgess
Direção de arte:Christopher Burian-Mohr
Figurino:Sharen Davis
Edição:Cindy Mollo
Efeitos especiais:Hammerhead Productions / Hatch Production / Hydraulx / Lola Visual Effects / Luma Pictures / Lidar Guys / Soho VFX

É comum lutar contra dragões na ilha de Berk. Soluço (Jay Baruchel) é um jovem bastante sarcástico, que volta e meia bate de frente com seu pai, Stoico (Gerard Butler), o chefe da tribo local. Quando entra para o Treino com Dragões, juntamente com outros jovens vikings, Soluço acredita ser esta sua grande chance de provar que pode ser um grande guerreiro. Só que seu mundo vira do avesso ao se tornar amigo de um dragão ferido.

FICHA TÉCNICA

título original:How to Train Your Dragon
gênero:Animação
Duração:01 hs 38 min
Ano de lançamento:2010
Site oficial: http://www.howtotrainyourdragon.com
Estúdio:DreamWorks Animation / Mad Hatter Entertainment / Vertigo Entertainment
Distribuidora:Paramount Pictures / UIP
Direção: Dean DeBlois , Chris Sanders
Roteiro:Dean DeBlois e Chris Sanders, baseado em história de Cressida Cowell
Produção:Bonnie Arnold
Música:John Powell
Fotografia:
Direção de arte:Pierre-Olivier Vincent
Edição:Maryann Brandon


Desde criança, Chico Xavier (Matheus Costa) ouvia vozes e via pessoas que já tinham falecido. Seus relatos eram sempre desacreditados, sob a justificativa que eram sua imaginação ou obra do demônio. Ao crescer, ele (Angelo Antônio) passa a usar seu dom para psicografar cartas. Logo se torna um ícone em sua cidade natal, despertando a ira do novo padre (Cássio Gabus Mendes) e acusações de ser uma fraude, já que publica livros de pessoas famosas que já tinham morrido. Já envelhecido, Chico (Nélson Xavier) participa do programa de TV "Pinga-Fogo", onde fala sobre sua trajetória de vida e questões do espiritismo. Através dele conhece Orlando (Tony Ramos), diretor de imagem do programa, que é ateu. Ele e sua esposa Glória (Christiane Torloni) sofrem devido a perda do filho, Tomás, morto quando ele e um amigo brincavam com uma arma encontrada. Agora o casal precisa decidir se irá agir no processo que pode condenar o responsável pela morte de Tomás.

FICHA TÉCNICA

Título original:Chico Xavier - O Filme
Gênero:Drama
Duração:02 hs 05 min
Ano de lançamento:2010
Site oficial: http://www.chicoxavierofilme.com.br
Estúdio:Lereby Produções
Distribuidora:Sony Pictures Entertainment / Downtown Filmes
Direção: Daniel Filho
Roteiro:Marcos Bernstein, baseado em livro de Marcel Souto Maior
Produção:Daniel Filho
Música:Egberto Gismonti
Fotografia:
Direção de arte:Cláudio Amaral Peixoto
Figurino:Bia Salgado
Edição:Diana Vasconcellos
Efeitos especiais:O2 Pós Produções / Laboratório Technicolor Creative Services / Labo Cine do Brasil



Antes de tudo é preciso dizer que um bom filme de guerra precisa gastar alguns poucos milhões de dólares para poder se dar bem nas grandes telas dos cinemas e no gosto dos telespectadores. Mas Guerra ao Terror surpreende por ter feito o inverso. Foram gastos em sua produção a cifra de US$11 milhões, um valor muito baixo, se comparado às megraproduções, como exemplo, o seu concorrente na corrida pelo Oscar 2010, o Avatar, de James Cameron.

Kathryn Bigelow, que também dirigiu Mission Zero, 2007; e Karen Sisco, 2004, foi longe desta vez com Guerra ao Terror. Na verdade ela chegou onde poucos imaginaram que seu filme chegaria. Com tantos filmes focados e mais criticados para receber a estatueta mais importante da sétima arte, o longa de 128 minutos de Bigelow foi nada menos que, indicado a nove oscars, incluindo melhor filme e melhor diretor, além receber três indicações ao Globo de Ouro.

Guerra ao Terror trata do vício da guerra. O filme relata a vida de um grupo de soldados norte-americanos que estão em batalha, na Guerra do Iraque, e estão a apenas 38 dias do retorno para casa. Em Bagdá, o grupo tem a difícil missão de enfrentar insurgentes que armam bombas pela capital iraquiana. É nesse espaço que se faz o filme. O suspense predomina na maior parte de Guerra ao Terror. Na verdade, não trata-se de um filme de sangue, muitos tiroteios, guerra no fronte, mas sim, de um drama, que circunda a vida desses homens que são também, jovens, que sonham em ter família; e outros que já são pais de famílias.

O drama central do longa não está na vida de jovens que querem voltar para casa. Esse espaço é reservado no filme, sim; mas a centralidade do drama está no vício. Jeremy Renner [Willian James] o especialista em desarmar bombas, consegue se sair bem no seu serviço, ele é um dos poucos e bons desarmadores, que já não tem amor por outro ofício, a não ser a guerra. Nem mesmo o amor à sua família existe mais. Ele é um fissionado, que dá o máximo de si. Ao encerrar sua atuação em Bagdá, ele volta para casa e reencontra sua família, depois dos 38 dias na guerra, mas tudo que acontece depois do retorno do Iraque não lhe parece fazer sentido, é aí que vai acontecer um fato que só dá para acreditar assistindo.

Vale a pena as 2h e 8 minutos na frente da TV ou no cinema assistindo Guerra ao Terror. Acredito que o filme tem todo o potencial de vencer Avatar e levar a estatueta do Oscar. Assisti também ao filme de Cameron, é algo fascinante, outro mundo construído por um gênio da sétima arte. Mas, vejo Avatar como um filme muito plastificado, uma produção muito fora da realidade, a qual a academia não está costumada a entregar o grande prêmio do Oscar. Vamos aguardar. Mas eu aposto em Guerra ao Terror. Pela fidelidade das linha de combate no Iraque. Pela desenvoltura da diretora e pela surpreendente interpretação de seu elenco. A história, então, em torno do vício da guerra, é o ápice do longa. O seu diferencial. Mais uma vez, como o filme indiano “Quem quer ser um milionário”, vencedor do Oscar 2009, uma diretora mostra que para fazer bons filmes, o dinheiro não é o mais importante.

Assista ao Trailer de Guerra ao Terror


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Quem sou eu

Fúlvio Costa, jornalista profissional, apreciador do cinema e amante dos bons filmes.
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